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sexta-feira, 22 de junho de 2012

Sergipe - Pequeno histórico


História de Sergipe

Localizado entre o Rio São Francisco e o Rio Real, o território sergipano foi visitado inicialmente pela guarda-costeira portuguesa de Gaspar de Lemos, em 1501. Mas foram os franceses que travaram contatos pacíficos com os indígenas e começaram a realizar as primeiras atividades de escambo, importando da região pau-brasil, pimenta e algodão.
Com o sistema de Capitanias Hereditárias imposto pelo rei D. João III em 1534, o território de Sergipe passou a fazer parte da Capitania da Bahia de Todos os Santos, que foi doada a Francisco Pereira Coutinho.
Antes dos portugueses descobrirem a riqueza do local, piratas franceses contrabandeavam a baixo custo os recursos naturais da região, como pau-brasil. Em 1575, os primeiros passos da colonização lusitana foram dados com o envio dos jesuítas Gaspar Lourenço e João Salônio, que fundaram as igrejas de São Tomé, São Inácio e de São Paulo, na tentativa de catequizar os índios.
Devido à resistência indígena de sucumbir aos ensinamentos católicos, a realeza enviou soldados que começaram a violentá-los cruelmente, chegando a raptar mulheres e crianças e saquear as aldeias.
As tribos conseguiram expulsar os invasores, mas depois foram massacradas pelos portugueses, que queriam escravizá-los a qualquer custo. Em 1590, o capitão Cristóvão de Barros conquistou a região após um longo período de guerras e fundou o Arraial de São Cristóvão, a qual nomeou de Sergipe Del Rey.
No século XVII, a província se desenvolveu com a criação de gado e a produção de cana-de-açúcar, contratando mão-de-obra escrava da África. Sergipe ainda passava por um impasse territorial com a resistência indígena às imposições da Coroa e o conflito contra os franceses, que só foram definitivamente expulsos em 1601.
Com a Invasão Holandesa, em 1637, Sergipe foi praticamente posto a ruínas. Houve incêndios, destruição de lavouras, roubos e maus tratos com gados, abalando drasticamente a economia da província. Os holandeses queriam atacar a cidade de Salvador e se estabeleceram no território de Sergipe em busca de uma estratégia para a investida.
Em 1696, finalmente Sergipe conquistaria a independência, mas por muito pouco tempo. Separada da Capitania da Bahia, foram fundadas as vilas de Itabaiana, Lagarto, Santa Luzia, Vila Nova do São Francisco e Santo Amaro das Brotas. Entretanto, com o desenvolvimento da província, a Bahia reivindicou a autonomia de Sergipe, o que causou inúmeros conflitos.
Somente em 1820 o rei D. João VI assinou um decreto que isolou Sergipe da Bahia. O brigadeiro Carlos César Burlamárqui foi nomeado o primeiro governador do estado. Apesar dos conflitos com os baianos continuarem, a independência do Brasil em 1822 deu a condição de estado independente ao Sergipe e, a partir de então, iniciou-se um longo processo de desenvolvimento com a produção e exportação de cana-de-açúcar e criação de gado. Em 1855, a capital sergipana foi transferida para o povoado de Santo Antônio de Aracaju, considerada uma das primeiras cidades planejadas do Brasil com suas ruas direcionadas às margens do Rio Sergipe.
Sergipe também foi palco de diversos movimentos republicanos e abolicionistas. Estas insurgências tomaram força na cidade de Laranjeiras, onde foi enforcado um dos líderes quilombolas João Mulungu no século XIX.
A capital Aracaju se tornou um importante centro do movimento republicano, principalmente com a disseminação das ideias liberais do jornal O Laranjense.
A primeira Constituição sergipana foi promulgada em 1892, tornando-o um dos Estados da Federação Brasileira. O nome Sergipe é de origem tupi, que significa “rio dos siris”.
Localizado na região Nordeste, Sergipe é o menor estado do país e tem uma população estimada de 2,01 milhões de habitantes.
Acesso em: 22/06/2012.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Festa Junina

Origem da Festa Junina 
Existem duas explicações para o termo festa junina. A primeira explica que surgiu em função das festividades ocorrem durante o mês de junho. Outra versão diz que está festa tem origem em países católicos da Europa e, portanto, seriam em homenagem a São João. No princípio, a festa era chamada de Joanina.
De acordo com historiadores, esta festividade foi trazida para o Brasil pelos portugueses, ainda durante o período colonial (época em que o Brasil foi colonizado e governado por Portugal).
 Nesta época, havia uma grande influência de elementos culturais portugueses, chineses, espanhóis e franceses. Da França veio a dança marcada, característica típica das danças nobres e que, no Brasil, influenciou muito as típicas quadrilhas. Já a tradição de soltar fogos de artifício veio da China, região de onde teria surgido a manipulação da pólvora para a fabricação de fogos. Da península Ibérica teria vindo a dança de fitas, muito comum em Portugal e na Espanha.  
Todos estes elementos culturais foram, com o passar do tempo, misturando-se aos aspectos culturais dos brasileiros (indígenas, afro-brasileiros e imigrantes europeus) nas diversas regiões do país, tomando características particulares em cada uma delas.  
Festas Juninas no Nordeste 
Embora sejam comemoradas nos quatro cantos do Brasil, na região Nordeste as festas ganham uma grande expressão. O mês de junho é o momento de se fazer homenagens aos três santos católicos: São João, São Pedro e Santo Antônio. Como é uma região onde a seca é um problema grave, os nordestinos aproveitam as festividades para agradecer as chuvas raras na região, que servem para manter a agricultura.
Além de alegrar o povo da região, as festas representam um importante momento econômico, pois muitos turistas visitam cidades nordestinas para acompanhar os festejos. Hotéis, comércios e clubes aumentam os lucros e geram empregos nestas cidades. Embora a maioria dos visitantes seja de brasileiros, é cada vez mais comum encontrarmos turistas europeus, asiáticos e norte-americanos que chegam ao Brasil para acompanhar de perto estas festas. 
Comidas típicas 
Como o mês de junho é a época da colheita do milho, grande parte dos doces, bolos e salgados, relacionados às festividades, são feitos deste alimento. Pamonha, cural, milho cozido, canjica, cuzcuz, pipoca, bolo de milho são apenas alguns exemplos.
Além das receitas com milho, também fazem parte do cardápio desta época: arroz doce, bolo de amendoim, bolo de pinhão, bombocado, broa de fubá, cocada, pé-de-moleque, quentão, vinho quente, batata doce e muito mais. 
Tradições 
As tradições fazem parte das comemorações. O mês de junho é marcado pelas fogueiras, que servem como centro para a famosa dança de quadrilhas. Os balões também compõem este cenário, embora cada vez mais raros em função das leis que proíbem esta prática, em função dos riscos de incêndio que representam.
No Nordeste, ainda é muito comum a formação dos grupos festeiros. Estes grupos ficam andando e cantando pelas ruas das cidades. Vão passando pelas casas, onde os moradores deixam nas janelas e portas uma grande quantidade de comidas e bebidas para serem degustadas pelos festeiros.
Já na região Sudeste são tradicionais a realização de quermesses. Estas festas populares são realizadas por igrejas, colégios, sindicatos e empresas. Possuem barraquinhas com comidas típicas e jogos para animar os visitantes. A dança da quadrilha, geralmente ocorre durante toda a quermesse.
Como Santo Antônio é considerado o santo casamenteiro, são comuns as simpatias para mulheres solteiras que querem se casar. No dia 13 de junho, as igrejas católicas distribuem o “pãozinho de Santo Antônio”. Diz a tradição que o pão bento deve ser colocado junto aos outros mantimentos da casa, para que nunca ocorra a falta. As mulheres que querem se casar, diz a tradição, devem comer deste pão.

Disponível em:  http://www.suapesquisa.com/musicacultura/historia_festa_junina.htm
Acesso em 15/06/2012.



E NO SEU LUGAR, TEM FESTA JUNINA?